MPT realiza audiência pública para discutir formas de prevenção ao assédio moral

Evento, que teve presença de palestrante internacional, reuniu 470 participantes

Foi realizada ontem (01/08) uma audiência pública para debater e combater o assédio moral, principalmente nos setores bancário e de telefonia, que têm registrado altos índices dessa prática. O tema abordado foi “A implementação de políticas públicas de humanização como fator de prevenção do assédio moral no trabalho”. O evento ocorreu durante todo o dia, no teatro Sesi, em Goiânia, e foi realizado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em Goiás.

A programação incluiu palestras do francês Christophe Dejours, um dos pioneiros da Psicodinâmica do Trabalho, uma disciplina que propões novas formas de gestão do trabalho, mais humanizadas; José Roberto Montes Heloani, professor da Universidade de Campinas (Unicamp); Seiji Uchida, docente da Fundação Getúlio Vargas; e Janilda Guimarães de Lima, procuradora-chefe do MPT em Goiás.

“O núcleo duro do assédio é a humilhação e discriminação. Outro ponto é que temos de tratá-lo como algo sistêmico, e não apenas individual. O terceiro ponto é que o assédio moral começa antes do ato: a organização criou um ambiente propício para que ele ocorresse. Temos de nos preocupar com a conivência das empresas para com ele”, expôs o professor Heloani.

Das vagas oferecidas, 380 foram destinadas para empresas que foram notificadas pelo MPT a comparecerem à audiência: bancos da região metropolitana de Goiânia; indústrias com mais de 1.000 empregados; telefonia e telemarketing; alguns segmentos do setor público estadual que têm parte de sua gestão terceirizada para Organizações Sociais. As 220 vagas restantes foram disponibilizadas para o público em geral.

Parceiros
A audiência pública foi custeada parcialmente pelo MPT, a partir de recursos obtidos de multa paga pela EBM Desenvolvimento Urbano e Incorporações S/A, por descumprimento de um acordo firmado com o MPT em 2014, em que se comprometia a não terceirizar sua atividade-fim. Também contribuíram, com recursos financeiros ou materiais, os Sindicatos dos Bancários do Estado e Goiás e dos Trabalhadores em Telecomunicações do Estado de Goiás, além da Associação de Bancos de Goiás, Tocantins e Maranhão. Foram parceiros na realização do evento o Fórum de Saúde e Segurança no Estado de Goiás (FSST-GO), a Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG) e o Instituto Goiano de Direito do Trabalho (IGT).

 

 

 

 

 


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