MPT em Goiás homenageia TRT 18 pelo apoio ao projeto de empregabilidade “Mais Um Sem Dor”

Iniciativa já qualificou 2,5 mil pessoas no estado

O Ministério Público do Trabalho em Goiás (MPT-GO), por meio do procurador do Trabalho Tiago Ranieri, entregou ontem (12/12) um selo para agradecer a parceria e o apoio que o Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT 18) vem dando ao projeto de empregabilidade “Mais Um Sem Dor”, que completou cinco anos de existência recentemente. A honraria foi entregue ao presidente do órgão, desembargador Geraldo Rodrigues do Nascimento, durante a sessão do Tribunal Pleno.

Em sua fala, Ranieri ressaltou que a concretização dos objetivos do projeto não seria possível sem a colaboração do TRT 18, que desde o início apoiou institucionalmente a iniciativa, especialmente por meio da concordância em reverter os recursos de multas e danos morais para o custeio do “Mais Um Sem Dor”, além da presença constante em formaturas e aulas inaugurais.

“Em nome do MPT-GO, venho hoje agradecer, prestar contas e reconhecer a justiça social e distributiva que o TRT 18 tem promovido para além de sua função primordial, que é a pacificação social nas relações de trabalho. Na condição de coordenador do ‘Mais Um Sem Dor’, sou testemunha viva do processo de transformação social, e não somente no mundo do trabalho. Registro também que essa oportunidade coincide com os 75 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, completados no último dia 10/12”, pontuou Tiago.

“Foram, até agora, 22 cidades goianas atendidas. Cerca de 2,5 mil pessoas qualificadas diretamente e outras 10 mil de forma indireta. E são mais de 70 empresas parceiras que já contrataram as pessoas que foram qualificadas pelo ‘Mais Um Sem Dor’. Foram investidos R$ 6,5 milhões em qualificação, formação humana e encaminhamento ao mercado formal de trabalho”, esclareceu.

O procurador observou ainda que a capacitação e a inserção do público em situação de vulnerabilidade no mercado de trabalho formal concretizam seis dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estipulados pela Agenda 2030 da ONU (Organização das Nações Unidas): ODS1, ODS4, ODS5, ODS8, ODS10 e ODS16, bem como de três objetivos descritos no Pacto Global ONU Rede Brasil Empresas (Raça é Prioridade; Elas Lideram 2030; e Salário Digno).

“O objetivo é levar formação humana, qualificação técnica e encaminhar, ao mercado formal de trabalho, grupos em extrema vulnerabilidade social, grupos invisibilizados na nossa sociedade que compõem uma diversidade: são muitas vezes chamados de minorias ou de maioria minorizada, mas que eu faço questão de denominar de parcela da humanidade, pois são isso que são”, acrescentou.

Simbologia

O selo entregue ao TRT 18 é emoldurado por madeira, com tela em acrílico, adornado em seu interior com o símbolo “Coração de Rua”, criado pelo artista goianiense Homero Maurício - que cedeu, de forma gratuita, o direito de uso da imagem para o “Mais Um Sem Dor”.

Trata-se de um desenho em forma de coração que pode ser visto em vários lugares de Goiânia (GO) e de grandes cidades mundiais. "A missão do Coração de Rua é acelerar a conexão entre nós através da arte, porque a gente entende que amor é a arte de se conectar”, explica o artista.

“Ele representa a unidade dentro da pluralidade da condição humana, que se concretiza, no dia a dia, justamente na igualdade de oportunidades, valorização e respeito à diversidade nas relações de trabalho”, esclarece Tiago.

Reinício

O “Mais Um Sem Dor” é um projeto de empregabilidade que desde 2018 vem promovendo formação humana, qualificação técnica e encaminhamento ao mercado formal de trabalho de pessoas em vulnerabilidade socioeconômica (pessoas em situação de rua, trans, travestis, mulheres negras, imigrantes, refugiados, quilombolas, mulheres que estão cumprindo pena em regime fechado, entre outros).

O projeto nasceu da união de esforços do MPT em Goiás e da Justiça do Trabalho, com apoio da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG) e do Sistema Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), sendo este o responsável por ministrar os cursos ofertados aos participantes da iniciativa. É custeado por destinações feitas pelos dois órgãos, as quais têm origem em reparações financeiras pagas por empresas que desrespeitam a legislação trabalhista.

 

 

Da esquerda para a direita: presidente do TRT 18, desembargador Geraldo Rodrigues, e o procurador do Trabalho Tiago Ranieri
Da esquerda para a direita: presidente do TRT 18, desembargador Geraldo Rodrigues, e o procurador do Trabalho Tiago Ranieri

 

 

Foto: Comunicação Social / TRT 18

 

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