Impasse na negociação com motoristas do transporte coletivo chega ao fim

Sindicatos aceitaram proposta feita pelo MPT e decidiram que não vai mais haver greve

20% de reajuste do ticket alimentação e 9% de aumento no salário e na gratificação suplementar. Essa foi a proposta que os sindicatos dos motoristas e o das empresas do transporte coletivo validaram perante o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) em Goiás na manhã desta segunda-feira (23). Em assembleia realizada ontem (22), os trabalhadores aceitaram os índices de reajuste propostos pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em Goiás. O acordo agora segue para o Pleno do TRT, para homologação.


A questão da manobra (transporte dos motoristas, por parte das empresas, de casa ao trabalho durante a madrugada) ainda não foi resolvida. O serviço era oferecido pelos empregadores até dezembro do ano passado, quando foi extinto. Os trabalhadores pedem, ao invés de seu retorno, a indenização no valor de R$ 250. O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de Goiânia (Setransp) se comprometeu a retomá-la, mas de uma forma diferente: vai apresentar à Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) a proposta de implantar o serviço regular de transporte noturno de passageiros, de modo que a circulação de ônibus se daria sem interrupção - hoje é oferecido das cinco da manhã até meia-noite. O Setransp entende que, desse modo, a categoria voltaria a ter sua ida e vinda para o trabalho garantida.


Ao final da audiência, a presidente do TRT em Goiás, desembargadora Elza Silveira, informou que a decisão liminar que considerou abusiva a greve ocorrida em maio foi revogada. Diante desse comunicado, tanto os sindicatos dos trabalhadores pediram o compromisso do Setransp para que não demita ou realize qualquer outra punição aos motoristas que mais ativamente participaram das mobilizações.


Em suas considerações sobre o desfecho do dissídio, a procuradora-chefe do MPT em Goiás, Janilda Guimarães de Lima, disse que é preciso aproveitar os momentos de conflito para aprender a pensar de forma socialmente responsável. Afirmou ainda que o papel do MPT, de fazer com que os trabalhadores sejam ouvidos, foi plenamente cumprido.

 

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