Anápolis/GO: projeto oferece 25 bolsas integrais de curso técnico a mulheres negras em vulnerabilidade

Iniciativa é do “Mais Um Sem Dor”

 

Vinte e cinco mulheres negras em vulnerabilidade socioeconômica residentes em Anápolis/GO foram selecionadas para cursar Técnico em Segurança do Trabalho na faculdade Roberto Mange, vinculada ao Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). A previsão de início das aulas é para o dia 06/05. As mulheres foram selecionadas pelo Conselho Municipal de Igualdade Racial (Compir) de Anápolis. A qualificação é uma iniciativa do projeto de empregabilidade “Mais Um Sem Dor”.

Todas terão bolsas de estudo integrais. O curso será na modalidade a distância e presencial, sendo que serão disponibilizados os recursos tecnológicos necessários para as alunas que não têm a estrutura para assistir às aulas on-line.

As 25 selecionadas assinarão um termo de compromisso com o Ministério Público do Trabalho em Goiás (MPT-GO), coordenador do “Mais Um Sem Dor”, no qual se comprometem a cumprir uma série de obrigações para ter direito à bolsa.

“Embora nossa sociedade seja amplamente constituída de mulheres negras, não percebemos essa presença no mercado formal de trabalho. Elas ocupam, na maioria, postos de trabalho de baixa remuneração, estão na informalidade e têm pouco acesso à qualificação profissional. Além disso, são as maiores vítimas da violência social, seja no ambiente familiar ou mesmo no trabalho, sem falar no racismo. Então, com essa capacitação, nosso objetivo é tirá-las dessa lógica de violência, discriminação, pobreza”, explica o procurador do Trabalho Tiago Ranieri, à frente do projeto.

Dignidade e qualificação

O “Mais Um Sem Dor” vem promovendo, desde 2018, formação humana, qualificação técnica e encaminhamento ao mercado formal de trabalho de pessoas em vulnerabilidade socioeconômica (pessoas em situação de rua, trans, travestis, mulheres negras, imigrantes, refugiados, quilombolas, mulheres vítimas de violência doméstica, entre outros).

O projeto nasceu da união de esforços do MPT-GO e da Justiça do Trabalho. Desde o seu início até hoje, cerca de 1100 pessoas já foram qualificadas pela iniciativa. O Senai/Goiás, também parceiro da iniciativa, é responsável por ministrar os cursos.

 

 

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