Trabalhadores demitidos pela Mitsubishi acionam MPT para mediação
Conciliação garantiu que empresa pague algumas vantagens pecuniárias aos 600 desligados
Mediação feita pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em Goiás garantiu que todos os 600 empregados demitidos pela montadora Mitsubishi, instalada em Catalão (GO), recebam vantagens financeiras além daquelas já garantidas pela legislação em caso de demissão sem justa causa. A reunião de conciliação ocorreu hoje (6/10) e contou com a presença do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas Mecânicas e de Material Elétrico de Catalão (SIMECAT) e representantes da empresa.
No dia 2/10, a Mitsubishi já havia demitido 600 trabalhadores sem avisar ao SIMECAT, o que desrespeita a legislação, já que, em caso de desligamentos em massa, o sindicato da categoria tem de ser acionado. Procurado pelos trabalhadores, o MPT agendou a mediação para ouvir as reivindicações das duas partes. “Diante dessa grave situação, a saída mais viável foi propor à empresa que oferecesse aos trabalhadores uma série de vantagens pecuniárias, de modo que eles possam garantir dignamente seu sustento até conseguirem se reintegrar ao mercado de trabalho”, informou o procurador do Trabalho Paulo Neto, que conduziu a mediação.
No acordo, a Mitsubishi se comprometeu a fazer os seguintes pagamentos: R$ 3 mil de abono; antecipação do Programa de Participação nos Resultados (PPR), no valor de R$ 4 mil; dois vale cards (auxílio-alimentação); e abono das férias coletivas. A montadora também acordou que dará preferência, nas próximas contratações, aos trabalhadores que já haviam sido desligados. Garantiu ainda que não demitirá, mensalmente, durante seis meses, mais de 30 pessoas por mês, devendo reintegrar aquelas que ultrapassarem esse número.
Patrocínio de cursos
De acordo com o procurador, os empregados demitidos solicitaram ao MPT em Goiás a continuidade do patrocínio de cursos de requalificação profissional que vinham sendo custeados desde junho, quando 160 funcionários da montadora haviam sido desligados. “Vamos fazer o possível para continuar pagando esses cursos, pois são importantes para o processo de recolocação profissional desses trabalhadores”, afirmou. Os cursos são ofertados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI).
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