Cerimônia marca o encerramento de oficinas de saberes tradicionais da Cidade de Goiás a 20 adolescentes

Capacitação é uma iniciativa é de Ascoralinas e do “Mais Um Sem Dor”

Foi realizado anteontem (17/06), na Cidade de Goiás, o evento de formatura da primeira turma do projeto “É de Menina que se Torna Coralina”, que ofertou oficinas de saberes tradicionais vilaboenses a 20 adolescentes entre 14 e 18 anos residentes no município. A capacitação, que durou seis meses, foi resultado da parceria entre a Associação Mulheres Coralinas (Ascoralinas) e o projeto de empregabilidade “Mais Um Sem Dor”, coordenado e custeado pelo Ministério Público do Trabalho em Goiás (MPT-GO).

Foram realizadas oficinas nas áreas de gastronomia, bordado, encadernação e cerâmica, todas ministradas pelas associadas de Ascoralinas. As adolescentes também tiveram noções básicas de grafite com o artista visual Wes Gama. Houve ainda rodas de conversa e leitura das obras de poetas vilaboenses, além de escritoras e pensadoras brasileiras e estrangeiras.

No evento, que ocorreu na sede de Ascoralinas, o MPT-GO foi representado pelos procuradores do Trabalho Tiago Ranieri, coordenador do “Mais Um Sem Dor”, e Milena Costa, que destinou recursos financeiros oriundos da atuação judicial e extrajudicial do órgão para a realização das oficinas. Estiveram presentes também o prefeito da Cidade de Goiás, Aderson Gouvea, secretários municipais e o reitor do Santuário da Igreja do Rosário, frei Cristiano, além de familiares e amigos das formandas.

Mulheres Coralinas

A Associação Mulheres Coralinas oferece qualificação profissional a mulheres cis e trans em situação de vulnerabilidade socioeconômica, de modo a potencializar as condições de trabalho coletivo, possibilitando ações de capacitação, de resgate de saberes tradicionais e de convivência cultural e criativa. A entidade iniciou suas atividades em 2013 e formalizou-se como associação em 2016.

O apoio do MPT-GO e do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT 18) à entidade, que vem principalmente na forma de custeio de cursos de capacitação/profissionalização, tem a finalidade de profissionalizar a habilidade artística de cada uma (culinária, bordado e cerâmica), de forma a agregar valor comercial aos produtos criados pelas coralinas, o que impacta na geração e/ou ampliação da renda das associadas. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) também é parceira dos projetos de Ascoralinas.

“Mais Um Sem Dor”

O “Mais Um Sem Dor” é um projeto de empregabilidade que desde 2018 vem promovendo formação humana, qualificação profissional e encaminhamento ao mercado formal de trabalho de pessoas em vulnerabilidade socioeconômica (pessoas em situação de rua, trans, travestis, mulheres negras, imigrantes, refugiados, quilombolas, mulheres que estão cumprindo pena em regime fechado, entre outros).

O projeto nasceu da união de esforços do MPT-GO e do TRT 18, com apoio da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG) e do Sistema Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), sendo este o responsável por ministrar os cursos ofertados aos participantes da iniciativa. É custeado por destinações feitas pelos dois órgãos, as quais têm origem em reparações financeiras pagas por empresas que desrespeitam a legislação trabalhista.

Já foram 22 cidades goianas atendidas e cerca de 2,5 mil pessoas qualificadas diretamente, além de outras 10 mil de forma indireta. Mais de 70 empresas parceiras já contrataram e continuam contratando pessoas qualificadas pelo projeto.

 

 

À esquerda, a procuradora do Trabalho Milena Cosa; ao centro, Ebe Siqueira, secretária executiva de Ascoralinas; e o procurador do Trabalho Tiago Ranieri
À esquerda, a procuradora do Trabalho Milena Cosa; ao centro, Ebe Siqueira, secretária executiva de Ascoralinas; e o procurador do Trabalho Tiago Ranieri

 

Imprimir