Projeto de empregabilidade “Mais Um Sem Dor” é apresentado em evento do TRT do Rio Grande do Sul
Tribunal promoveu jornada para abordar Direito Antidiscriminatório
O projeto de empregabilidade “Mais Um Sem Dor”, do Ministério Público do Trabalho em Goiás (MPT-GO), foi um dos destaques da Jornada de Direito Antidiscriminatório: Unir Diversidades e Construir um Futuro sem Preconceito. O evento foi realizado durante todo o dia de ontem (7/11), no plenário do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-RS), em Porto Alegre/RS. O procurador do Trabalho Tiago Ranieri, coordenador do projeto, representou o MPT-GO na Jornada.
Realizado pela Escola Judicial do TRT-RS, com o apoio do Comitê de Equidade de Gênero, Raça e Diversidade do órgão, teve como proposta principal discutir o impacto dos estereótipos na discriminação, especialmente no mercado de trabalho. Foram debatidas questões como capacitismo e discriminação por gênero, raça, orientação sexual e identidade de gênero.
Ranieri apresentou o “Mais Um Sem Dor” no painel que abordou a empregabilidade de pessoas geralmente discriminadas no mercado de trabalho em razão de marcadores sociais como raça, gênero, deficiência ou orientação sexual. “Não existe ferramenta mais emancipatória do que o trabalho”, enfatizou.
Clique aqui para ler a entrevista concedida por Tiago à equipe de Comunicação Social do TRT-RS.
6 anos de vida
O projeto de empregabilidade “Mais Um Sem Dor”, coordenado e custeado pelo Ministério Público do Trabalho em Goiás (MPT-GO) nasceu em outubro de 2018. Desde então, vem promovendo formação humana, qualificação profissional e encaminhamento ao mercado formal de trabalho de pessoas em vulnerabilidade socioeconômica.
Pelo “Mais Um Sem Dor” já passaram pessoas em situação de rua, trans, travestis, mulheres negras, imigrantes, refugiados, quilombolas, mulheres que estão cumprindo pena em regime fechado, pessoas com deficiência.
O projeto nasceu da união de esforços do MPT-GO e do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT 18), com apoio da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG) e do Sistema Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e da Associação Mulheres Coralinas.
É custeado por destinações feitas pelo MPT-GO e pelo TRT 18, as quais têm origem em reparações financeiras pagas por empresas que desrespeitam a legislação trabalhista.
Já foram 22 cidades goianas atendidas e cerca de 4 mil pessoas qualificadas diretamente, além de outras 12 mil de forma indireta. Mais de 90 empresas parceiras já contrataram e continuam contratando pessoas que passaram pelo projeto.
“A capacitação e a inserção de públicos em situação de vulnerabilidade no mercado de trabalho formal concretizam sete dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estipulados pela Agenda 2030 da ONU, bem como de três objetivos descritos no Pacto Global ONU Rede Brasil Empresas (Raça é Prioridade; Elas Lideram 2030; e Salário Digno)”, esclarece Ranieri.
Fotos: Guilherme Lund