Negociações no transporte coletivo avançam

Em assembleia, categoria vai decidir se aceita ou não proposta apresentada em audiência

Na quarta audiência para tentativa de conciliação, a proposta apresentada aos motoristas do transporte coletivo foi de um reajuste de 9% sobre o salário, 9% sobre a gratificação e 16% sobre o ticket alimentação. No total, o aumento chega a 10,36%. A categoria vai se reunir em assembleia no domingo, 15, para decidir se aceita ou não os valores propostos. A tentativa de conciliação foi mediada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em Goiás, em audiência realizada nesta sexta-feira (13) no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) em Goiás.

Inicialmente, a discussão se deu sobre a volta da manobra (serviço de transporte dos motoristas de casa para o trabalho). O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de Goiânia (Setransp) propôs seu retorno, ao invés de indenizá-la. Mas o serviço, que foi suspenso em dezembro do ano passado, voltaria de uma maneira diferente. O Setransp se comprometeu a propor à Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) a implantação do serviço regular de transporte noturno de passageiros, de modo que a circulação de ônibus se daria sem interrupção, 24 horas por dia – hoje o serviço é oferecido das cinco da manhã até meia-noite.

Desse modo, o sindicato das empresas entende que os motoristas voltariam a ter sua ida e vinda para o trabalho garantida.
Após várias proposições sobre como se daria essa nova forma de manobra, o Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores no Transporte Urbano de Goiânia e Região Metropolitana (Sindicoletivo) e o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviário do Estado de Goiás (Sindittransporte) aceitaram sua volta, com o compromisso por parte do Setransp de que ela atenderá satisfatoriamente à categoria.

Superado esse ponto, os representantes dos sindicatos debateram os índices de reajuste, para finalmente chegarem à proposta que será levada à categoria no domingo: aumento de 9% sobre o salário, 9% sobre a gratificação e 16% sobre o ticket alimentação.
O Sindicoletivo pediu também ao Setransp que abone os dias em que os pontos foram cortados - relativos à greve ocorrida no ano passado e em maio deste ano -, retire o inquérito policial contra seu advogado e três representantes e desista dos interditos proibitórios (ação judicial contra situações nas quais o direito de posse está sendo ameaçado). O presidente do Setransp assumiu o compromisso de levar o pedido às empresas.

Na próxima terça-feira (17), às 10 horas, os três sindicatos e o MPT vão se reunir no TRT para confirmar a proposta de acordo, caso seja aprovada na assembleia.

 

 

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