Motoristas do transporte coletivo aprovam greve
Paralisação vai ter início no dia 23, para que prazo mínimo de 72 horas seja cumprido
Em assembleia realizada na manhã de domingo (15), os motoristas do transporte coletivo da região metropolitana de Goiânia decidiram entrar em greve, que terá início no dia 23 de junho. A proposta apresentada na última audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) em Goiás, no dia 13, foi rejeitada. A reunião da categoria ocorreu na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviário do Estado de Goiás (Sindittransporte) e foi mediada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em Goiás, representado pela procuradora-chefe, Janilda Guimarães de Lima.
Com a presença de 197 motoristas, a assembleia contou com a participação dos dois sindicatos da categoria, o Sindittransporte e o Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores no Transporte Urbano de Goiânia e Região Metropolitana (Sindicoletivo). Segundo afirmou o advogado do Sindicoletivo, Nabson Santana Cunha, as empresas de transporte coletivo serão informadas amanhã (16) sobre a decisão de greve. De acordo com a legislação, a paralisação somente pode ser deflagrada após 72 horas após do seu aviso aos empregadores. Os trabalhadores decidiram que ela vai começar no dia 23.
Ficou decidido também que a nova proposta a ser discutida será a de 10% de aumento do salário, 10% de reajuste na gratificação, 23% sobre o ticket alimentação e R$ 250 de ajuda de custo ou a volta da manobra (serviço de transporte dos motoristas de casa para o trabalho). A sugestão anterior, não aprovada na reunião de hoje, era de aumento de 9% sobre o salário, 9% sobre a gratificação, 16% sobre o ticket alimentação e o retorno da manobra.
Na próxima terça-feira (17), às 10 horas, os sindicatos dos trabalhadores, o sindicato patronal e o MPT vão se reunir no TRT para validar o resultado da assembleia de hoje, além de tentar uma nova conciliação.
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