MPT em Goiás participa de evento contra trabalho infantil
Campanha, que se estenderá até outubro, quer alertar sobre prejuízos trazidos pelo trabalho infantil
O Ministério Público do Trabalho (MPT) em Goiás participará nesta quarta-feira (4) do lançamento da Campanha de Combate ao Trabalho Infantil, organizada pelo sistema de justiça em Goiás. A solenidade acontecerá às 9 horas na quadra de esportes do Centro de Educação Marista Divino Pai Eterno - Cemadipe, no Setor Madre Germana, em Goiânia. No evento, o MPT será representado pela procuradora-chefe, Janilda Guimarães de Lima, e pelo procurador do trabalho Tiago Ranieri de Oliveira.
Durante o lançamento da campanha serão entregues premiações às redações vencedoras do concurso com o tema “Trabalho Infantil é Ilegal. Educação é Legal!”, redigidas pelos alunos dos Colégios Estaduais João Barbosa Reis, de Aparecida de Goiânia, Madre Germana II, de Goiânia.
A campanha
Preocupados com os índices em Goiás e no Brasil, procuradores do trabalho, juízes, auditores fiscais do trabalho e procuradores de justiça se uniram para promover ações de combate ao trabalho infantil ilegal. As instituições envolvidas vão utilizar seus meios de comunicação, como sites e mídias sociais institucionais, para ampliar o alcance da campanha e, consequentemente, o alerta à sociedade. As ações vão até outubro deste ano, quando as peças publicitárias serão veiculadas de forma mais intensa.
Participam da campanha o Tribunal Regional do Trabalho em Goiás (TRT18), Ministério Público do Trabalho em Goiás (MPT-GO), Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), Federação Goiana de Futebol, Associação dos Magistrados do Trabalho da 18ª Região (Amatra 18), Associação Goiana do Ministério Público (AGMP); Ministério Público do Estado de Goiás, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE); Ministério Público Federal em Goiás e a Defensoria Pública da União (DPU).
Quadro preocupante
De acordo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em todo o mundo são 168 milhões de crianças e adolescentes, de 5 a 17 anos, em situação de exploração. O número de crianças em trabalho infantil perigoso – a mais grave das piores formas de trabalho infantil – foi reduzido em 30 milhões, passando de 115 milhões (2008) para 85 milhões (2012), que representa quase a metade das crianças em trabalho infantil. Dentre estes, 37,8 milhões de crianças estão na faixa de 5 a 14 anos de idade.
Além de todos os aspectos negativos, o trabalho infantil é o responsável pelo círculo vicioso pobreza-trabalho infantil-pobreza. Conforme números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 3,5 milhões de crianças e adolescentes em todo Brasil estão no mercado de trabalho, muitos em atividades perigosas e prejudiciais à saúde. Além disso, a maioria delas não frequentam a escola. Em Goiás, são 123 mil jovens ocupados entre 5 e 17 anos.
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