67 mulheres vítimas de violência doméstica concluem cursos profissionalizantes em Itumbiara/GO
Qualificação é promovida pelo projeto de empregabilidade “Mais Um Sem Dor”
Foi realizada em Itumbiara/GO, no dia 11/12, a cerimônia de entrega de certificados a 67 mulheres vítimas de violência doméstica que concluíram os cursos de Chocolateiro, Assistente de Cozinha, Confeitaria, Pizzaiolo, Fabricação de Salgados e Costura Industrial. Do total de formadas, 30 concluíram mais de um curso. A qualificação faz parte do projeto de empregabilidade “Mais Um Sem Dor”, voltado à capacitação profissional de pessoas em vulnerabilidade socioeconômica.
Durante a qualificação, as alunas receberam vale-transporte, auxílio-lanche e bolsa de custeio. O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) de Itumbiara foi o responsável por ministrar as aulas. As capacitações tiveram carga-horária que variaram de 20 a 160 horas/aula. Todas as formadas contam com suporte especializado para inserção no mercado formal de trabalho.
No evento, o Ministério Público do Trabalho em Goiás (MPT-GO) foi representado, de forma on-line, pelo procurador do Trabalho Tiago Ranieri, coordenador do “Mais Um Sem Dor”. Compuseram a mesa diretiva a psicóloga da Casa da Mulher Fernanda Ferreira dos Reis; Sarah Magalhães Urbieta, representante do movimento LGBTQIAPN+; Cláudia Nunes, da empresa World Fashion; Aislan Dourado, representando o Senai; e o Diretor Executivo da Associação Comercial, Industrial e Serviços de Itumbiara, Lauro Ferrão.
Reinício
O “Mais Um Sem Dor” é um projeto de empregabilidade que desde 2018 vem promovendo formação humana, qualificação técnica e encaminhamento ao mercado formal de trabalho de pessoas em vulnerabilidade socioeconômica (pessoas em situação de rua, trans, travestis, mulheres negras, imigrantes, refugiados, quilombolas, mulheres que estão cumprindo pena em regime fechado, entre outros).
Foi criado a partir da união de esforços do MPT-GO e do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT 18), com apoio do Sistema Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e de Ascoralinas. É custeado por destinações feitas pelos pelo MPT-GO e TRT 18, as quais têm origem em reparações financeiras pagas por empresas que desrespeitam a legislação trabalhista.
Já foram 22 cidades goianas atendidas e cerca de 2,7 mil pessoas qualificadas diretamente, além de outras 10 mil de forma indireta. Mais de 70 empresas parceiras já contrataram e continuam contratando pessoas qualificadas pelo projeto.